Saiba tudo sobre o uso de pele de animais na São Paulo Fashion Week

  O evento SPFW (São Paulo Fashion Week) é o maior evento de moda do Brasil, e é considerado o mais importante evento da América Latina. Infelizmente, é notório o uso de peles de diferentes espécies de animais nas roupas apresentadas no evento.

  É importante lembrar que marcas patrocinadoras do evento também estão apoiando a exploração e crueldade animal, mesmo que indiretamente, ao patrociná-lo. Algumas das marcas que patrocinam o evento, mesmo tendo conhecimento da exploração animal que o mesmo comete são: Natura, Chilli Beans e Arezzo&Co. Para conferir o restante dos parceiros e patrocinadores do evento, clique aqui.

  Inclusive, já fiz um post sobre toda a exploração animal e controvérsias sobre testes em animais que a Natura já esteve envolvida. Para saber tudo, clique aqui.

  É comum em desfiles de moda a presença do couro, e no evento SPFW não seria diferente. É de extrema importância lembrar que o termo “couro” é proibido por LEI de ser usado em produtos que não sejam obtidos exclusivamente de pele animal. Ou seja, todas as matérias de jornais e revistas onde é possível encontrar afirmações que o evento SPFW teve a presença de coleções com peças de couro, são afirmações de que coleções usaram de fato 100% pele animal nas suas peças.

  A “Lei do Couro” é a Lei nº 4.888, e você pode conferi-lá clicando aqui.

  A São Paulo Fashion Week também entrou em uma controvérsia no ano passado pelo suposto uso de pele de cobra píton na grife carioca Animale (a coleção Animale utiliza peles de animais como afirmado pela própria página da grife mostrado mais abaixo). 

  O jornal Folha de São Paulo afirmou primeiramente em uma matéria publicada no site do próprio jornal que a principal matéria-prima na confecção das peças teria sido o couro de cobra. Após receber críticas por parte de diversos ativistas e defensores dos animais, o post do jornal que originalmente confirmava o uso de pele de cobra por parte da grife foi alterado. A justificativa para a alteração do post por parte do jornal Folha de São Paulo foi a que houve um “erro” no post por parte do jornal, e que “não haveria pele de píton original na coleção da Animale, apenas estampas”.

  Você pode conferir a matéria do jornal já “alterada”, clicando aqui.

(Foto: Marcelo Soubhia /FOTOSITE)

  É válido lembrar que fica a critério de cada um de vocês acreditar ou não nas afirmações acima. Porém, é necessário também entender que em nossa sociedade os animais são as vítimas da crueldade humana, muitas vezes sem que ninguém saiba. Nenhum evento ou marca iria continuar expondo ou afirmando algo desse nível após receber críticas por um grande número de pessoas, ativistas e defensores dos direitos animais.

  A página oficial no Facebook da coleção Animale se posicionou no ano passado sobre o uso de peles de animais em sua coleção. Para conferir o comentário na íntegra, clique aqui.

  A grife Animale afirmou o seguinte:

“(…) gostaríamos de esclarecer que a Animale não sacrifica nenhum animal com o propósito de produzir as peças com peles da coleção. As peles são certificadas pelo IBAMA e sendo assim estão dentro dos critérios exigidos para sua comercialização. Somos extremamente criteriosos na compra de toda e qualquer matéria-prima utilizada pela marca e respeitamos as diversas opiniões sobre o assunto, garantindo a liberdade de expressão de todas as partes.”

  Não é pelo simples fato de que a coleção não sacrifique animais diretamente que ela deixa de cometer e apoiar a exploração e crueldade animal da mesma forma.

  Com esse post é possível ter plena certeza de que o evento SPFW apresenta de fato roupas feitas de peles de diferentes espécies de animais.

  Se você leu até aqui, muito obrigada! Espero ter esclarecido diversas questões com esse post.

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Texto/Via: Ari Vegan