O festival de rodeio está sendo investigado por denúncias de que o evento violou as regras de bem-estar animal no ano passado em Quebec, no Canadá. Especialistas de direito da província de Montreal estão novamente analisando o caso.
Alain Roy, da Universidade de Montreal, publicou um relatório nesta semana usando evidências coletadas por observadores em 20 desses eventos e analisadas por um veterinário. Ele afirma que os animais foram expostos a sérios riscos e lesões, além de sofrimento psicológico.
Essas práticas violam uma lei de Quebec adotada em dezembro de 2015, decretada em favor dos direitos animais que proíbe abuso ou maus-tratos que afetem a saúde de um animal ou qualquer ato que possa expô-los ao sofrimento, inclusive os rodeios.
No entanto, os promotores do popular Festival Western de St-Tite, no centro de Quebec, rejeitaram as leis e consideraram o relatório como “tendencioso”. O professor de direito entrou com um pedido de liminar há quase um ano para impedir a realização de um polêmico rodeio urbano durante as comemorações do 375º aniversário de Montreal.
Vários grupos defensores dos direitos animais, incluindo a Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (SPCA) em Montreal, se opuseram ao evento, que foi realizado pelo grupo de Saint-Tite. Um acordo negociado entre os dois lados, e aprovado pelo Tribunal Superior de Quebec, permitiu que o rodeio fosse em agosto, assim como outro, um mês depois, no festival St-Tite.
Como parte do acordo, Roy conseguiu enviar três observadores para assistir e filmar os eventos e teve o acesso ilimitado. Um veterinário e um especialista comportamental examinaram as imagens dos animais antes e depois dos eventos. O resultado foi o relatório de 600 páginas de Roy que encontrou cavalos e touros sujeitos a sérios riscos de saúde e ferimentos pelo corpo.
Foi o mesmo em rédeas de bezerro e lutas de boi, todos os animais foram expostos a sofrimento psíquico.
“O tratamento de cavalos, touros, bois e bezerros em rodeios é irreconciliável com as disposições da nova lei, segundo a qual os animais não são mais objetos, mas ‘seres dotados de senciência’, cujo bem-estar e segurança devem ser assegurados”, disse Roy. em um comunicado.
Um comitê provincial que está sob a jurisdição do Departamento de Agricultura do país determinará os próximos passos, mas Roy ressaltou que, se o governo não agir, os defensores dos direitos animais estão preparados para buscar novas ações.
Via: Anda
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