28 de julho de 2018

[Florianópolis] Pinguins encontrados no Norte da Ilha morreram por asfixia e afogamento em rede de pesca

  Os pinguins encontrados em praias do Norte de Florianópolis, nesta segunda-feira (23), morreram por asfixia e afogamento, segundo resultados preliminares da necropsia, feita na manhã desta terça (24) pela Associação R3 Animal, ONG que trabalha no resgate, reabilitação e reintrodução de animais em seu habitat.
  De acordo com a presidente da R3 e coordenadora do PMP-BS (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos), Cristiane Kolesnikovas, “os primeiros resultados indicam como causa de morte asfixia/afogamento provavelmente por captura incidental por rede de pesca”.
Mais de cem pinguins mortos foram recolhidos em praias do Norte da Ilha - Indra Vieyra/Divulgação
  Segundo Cristiane, ao ficarem enredados nas redes, há indícios como lesões externas (cortes e marcas de estrangulamento) e internas (no pulmão), que levam à asfixia e ao afogamento. O gerente do PMP-BS em Florianópolis, Emanuel Ferreira, disse que junto com os animais também foram encontrados apetrechos de pesca que estão sendo analisados.
  Até o final desta manhã, seis animais haviam sido examinados, mas todos os 108 deverão passar pela necropsia para chegar a um resultado mais contundente.
  A R3 Animal recolheu 18 aves nas praias de Cachoeira do Bom Jesus e 10 na praia de Ingleses, que foram levadas para o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres), no Parque Estadual do Rio Vermelho. Os 28 pinguins resgatados em terra eram todos juvenis.

  • Mais mortes
  Outros 80 pinguins que boiavam na mesma região foram recolhidos pelo monitoramento embarcado do Instituto Australis/Projeto Baleia Franca e encaminhados à Udesc de Laguna para a necropsia.
“Foram quatro horas até recolher todos os animais. Apenas um foi resgatado ainda com vida”, disse a presidente do Instituto Australis, Karina Groch.
  O Instituto Australis é uma das instituições executoras do PMP-BS Fase 1, e fica localizado em Itapirubá Norte (Imbituba) e, além do monitoramento embarcado realizado uma vez por semana na Baía Norte de Florianópolis, é responsável pelo monitoramento diário por terra desde a Praia do Rosa (Imbituba) até a Praia da Pinheira (Palhoça).
  As aves da espécie pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) costumam aparecer no litoral catarinense nessa época do ano, quando migram da Patagônia, na Argentina, em busca de alimento. Entretanto, segundo a veterinária, não é normal encontrar um número tão alto dessas aves, mortas, de uma só vez.
  A  orientação para quem encontrar pinguins mortos ou vivos precisando de atendimento é entrar em contato com a PMP-BS. O telefone para acionar o resgate de animais marinhos é o 0800 642 3341.

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