O Ministério Público do Paraná irá investigar uma casa noturna chamada “Hot Bar”, localizada no centro de Curitiba, que teria mantido um tigre e uma jiboia em cativeiro para entretenimento durante uma festa no último fim de semana. As fotos dos animais mantidos em cativeiro postadas na internet mostram pessoas interagindo com um dos animais.
A denúncia foi feita pelo ativista de direitos animais, Paulo Colnaghi, a partir das publicações de clientes que estiveram no estabelecimento na madrugada de domingo (11).
“A casa noturna realizou uma festa no sábado, uma ‘festa na selva’. Entre as atrações tinham alguns animais que estavam lá, para as pessoas tirarem fotos. Uma jiboia e um tigre. Nós estamos buscando informações das pessoas que estavam lá, nós já temos várias testemunhas. Até agora tem várias fotos com as jiboias, o que seria um problema em si. É proibido o uso de animais para obtenção de lucros”, explicou o ativista.
Foto retirada do Instagram da boate. |
O caso pode ser classificado como maus-tratos contra animais, considerando o local inadequado a que os animais foram forçados a ficar para entretenimento humano. A pena prevista em uma lei federal pode variar de três meses a um ano de detenção. Conforme uma lei municipal, também é proibida a exploração de animais em “circos, espetáculos e assemelhados” no território de Curitiba. O ativista Colnaghi está reunindo informações e depoimentos que possam ajudar nas investigações.
“A casa noturna não permite que se use celular e tire fotos no local. Temos recebido bastante fotos e vídeos da cobra e tem vídeos da própria casa noturna falando que existe um mistério para o público descobrir na festa. O foco desse vídeo promocional é um tigre. Estamos aguardando algumas pessoas que nos disseram ter mais informações e tudo está sendo encaminhado ao Ministério Público”, afirmou.
“Tenho certeza que o tigre é de verdade. Algumas pessoas chegaram perto da jaula para tirar fotos. Eu e meu esposo não estávamos com celular. Eu fiz a reclamação a um funcionário, afirmando que era um absurdo o animal estar ali dentro, preso. Ele aparentemente estava sedado, já que por mais que mexia a cabeça, não se movimentava dentro da jaula. A funcionária simplesmente saiu de perto de mim”, declarou uma mulher que esteve no local na noite da festa e que prefere não se identificar.
Assista o vídeo abaixo:
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público do Paraná, a denúncia foi recebida e encaminhada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Polícia Ambiental do Paraná, que estão analisando o caso. Se condenados, os responsáveis responderão judicialmente por crime ambiental, mas até o momento a casa noturna não se pronunciou sobre o caso.
Via: ANDA
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